sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Retorno

Ontem retornei ao trabalho, depois de quase dois meses afastada por atestado médico. Consegui receber o auxílio doença do INSS, Aliás, não recebi ainda, mas consegui com que a perita deferisse meu pedido. Irei receber os salários atrasados e voltar ao batente.

Recepção de boas vindas:
Bem na entrada da empresa uma colega recebeu-me com a cara mais cínica alegando que eu estava inventando uma doença simplesmente por preguiça de trabalhar. Tá, ela não falou exatamente essas palavras, mas, foi isso que quis dizer. E por todos os lugares que eu passei as risadinhas, os comentários, as perguntas foram as mesmas. Uns falando das minhas "férias", outros da minha "boa vida", outros já mais ousados da minha "cara de pau"... e por aí vai.

Fico me perguntando onde está o senso de humanidade das pessoas. Quem pode julgar alguém, meu Deus? Por que se acham no direito de fazer o outro se sentir tão mal?

Não bastasse essas dores, essa sensação de impotência e essa apatia que tomou conta de mim ainda tenho que provar aos outros o que estou sentindo.

Como eu gostaria de não precisar mais entrar ali. Como eu gostaria de simplesmente não me preocupar com o que dizem. Queria pensar igual aquele cantor (qual o nome dele mesmo?) "Deixa que digam que pensem, que falem. Deixa isso pra lá vem pra cá, o que é que tem?" Mas não sei ser assim; eu esquento, eu fico triste, eu gosto das pessoas. Sabe, eu só queria ser tratada com respeito.

Estou cansada, muito cansada.

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